sábado, 26 de fevereiro de 2011

Selo


Um agradecimento pra lá de muito especial a
Sobre o Tempo - http://otemporeina.blogspot.com/


Indico os blogs:

http://mekstein.blogspot.com/
http://silviaarteira.blogspot.com/

Saudações biológicas a todos!!

DNA de parasita da malária e de micróbio da fome da batata são similares

Certas pragas têm mais em comum do que a ciência imaginava. À primeira vista, uma doença que mata 1 milhão de crianças africanas por ano nada teria a ver com outra que destrói apenas batatas e tomates. Mas a recente decodificação do material genético deste ser matador de plantas mostrou surpreendentes semelhanças com o parasita causador da malária.

"Morcegos não são pássaros /golfinhos não são peixes/oomicetos não são fungos", revela para quem estiver interessado a parte traseira de uma camiseta usada por membros do Laboratório Sainsbury, de Norwich, Reino Unido. Na frente, uma árvore de família mostra a posição dos tais oomicetos, parentes mais próximos de algas marrons do que de fungos, animais e plantas verdes.
Pesquisadores no México carregam plantas mortas pelo P. infestans, micróbio causador da fome da batata irlandesa
Parece e até age como um fungo. Tanto que só em 2000 o ser conhecido como Phytophthora infestans foi reclassificado como oomiceto graças a estudos sobre suas proteínas.
"Não, não é um fungo. Seus parentes mais próximos são as algas marrons. A próxima família é a dos alveolados, que incluem o parasita da malária", disse a Folha a chefe do Laboratório Sainsbury, Sophien Kamoun, que sequenciou o genoma desse oomiceto.
O Phytophthora infestans é um velho e letal conhecido da humanidade, contudo. Nunca na história deste planeta um organismo influenciou tanto a história de um país.
Na década de 1840 ele foi responsável por uma epidemia de fome na Irlanda que matou 1 milhão de pessoas e fez outro milhão imigrar, principalmente para os EUA. Os números são imprecisos, mas ainda hoje a população do país reflete a enorme crise do século 19. Há menos irlandeses em 2009 do que havia em 1845 --6 milhões hoje, 8 milhões então.
E ainda hoje o oomiceto causa seus estragos. No artigo descrevendo o sequenciamento do seu genoma, publicado neste mês na revista "Nature", a equipe de quase cem pesquisadores lembra que ele causa perdas anuais de US$ 6,7 bilhões em todo o mundo.
"São epidemias recorrentes. Há uma acontecendo no tomate nos EUA bem agora. Mas nós não somos dependentes de uma monocultura como os irlandeses eram na década de 1840. Apesar de ele ainda causar doenças devastadoras, as consequências sociais são diferentes", afirma Kamoun.

Manipulação
E o que este ser exótico tem a ver com o outro?
Os dois são pragas manipuladoras das suas vítimas. E, apesar de serem diferentes e terem alvos diferentes, usam táticas semelhantes, como Kamoun e colegas mostraram em um trabalho anterior, agora reforçado pela soletração do DNA.
Parasitas e hospedeiros evoluíram ao longo de milhões de anos numa espécie de corrida armamentista. O parasita descobre uma nova arma, o hospedeiro cria (ou não) uma nova defesa. Esses estilos de vida patogênicos surgem ao longo da evolução biológica repetidamente, aparentemente sem relação entre si. Mas, como na guerra, estratégia e tática tendem a se repetir.
Um excelente exemplo é a chamada "ordem oblíqua". Um exército atacante concentra forças em um dos flancos do inimigo, usando o que restou para manter o resto da linha inimiga no lugar. Com isso, uma superioridade numérica artificial pode ser criada pelo lado mais fraco na batalha.
O tebano Epaminondas usou essa tática para vencer os espartanos em Leuctra em 371 a.C.; Frederico, o Grande, rei da Prússia, fez o mesmo para vencer os austríacos na batalha de Leuthen em 1757.
Os oomicetos e os plasmódios causadores da malária também não aprenderam suas "táticas" um com o outro.
"Entretanto, estão emergindo evidências de que diferentes patógenos podem compartilhar mecanismos de infecção", escreveram Kamoun e mais quatro colegas em um artigo na "Nature Reviews". Os resultados de estudos recentes demonstram que o Plasmodium falciparum e o Phytophthora infestans usam sinais bioquímicos equivalentes para penetrar a "fortaleza" -as células, humanas e de plantas.
A importância disso é a possibilidade de estudos de uma área darem ótimas pistas para os da outra. Por exemplo, uma descoberta importante do sequenciamento do genoma do P. infestans foi a "estratégia de duas velocidades". Partes do genoma evoluem em ritmos diferentes. Uma delas, cheia de repetições de DNA, consegue mudar rapidamente e, com isso, rapidamente se adaptar ao sistema de defesa das plantas.
E como já se sabia que esse tipo de repetição de regiões de DNA era capaz de aumentar a inovação gênica, o processo deve ocorrer em algum grau em outros genomas.
"Esse patógeno tem uma incrível capacidade de se adaptar e mudar, e é isso que o torna tão perigoso", declarou outro coordenador do sequenciamento, Chad Nusbam, do Instituto Broad, dos EUA. "Esperamos que esse conhecimento possa engendrar novos enfoques para diagnosticar e responder a surtos da doença."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u626650.shtml

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Chineses descobrem criatura que pode ter precedido aranhas

DA EFE
Uma equipe de pesquisadores chineses encontrou o fóssil de uma criatura de 520 milhões de anos, apelidada de "cacto andante", que poderia ser o antepassado mais antigo descoberto até agora das atuais aranhas.
A bizarra criatura, com dez pares de patas articuladas e seis centímetros de comprimento, se chama Diania cactiformis e é o primeiro elo perdido conhecido entre os vermes e os artrópodos.
A Diania habitava o fundo marinho do que hoje é a província de Yunnan, na cordilheira do Himalaia e ao sudoeste do país asiático.

Imagem computadorizada mostra como seria o "cacto andante"; idade da criatura era de 520 milhões de anos
"A importância da Diania para a biologia é que os artrópodos são um dos grupos de animais invertebrados de maior sucesso e é muito bonito haver descoberto o que pode ser o animal mais primitivo deste grupo com patas articuladas", assinalou à agência de notícias Efe Jianni Liu, líder da equipe de pesquisa conjunta entre a Universidade de Freie, na Alemanha, e a do Noroeste da China, em Xian.
Liu acrescentou sobre a descoberta: "É importante porque apresenta evidências que os artrópodos evoluíram a partir dos lobopódios". Isto é, os antepassados dos vermes, cujos registros fósseis se remontam ao período Cambriano.
Os corpos brandos dos extintos lobopodios eram formados por segmentos e suas patas costumavam acabar em uma unha em seus extremos.
O fóssil da Diania cactiformis foi descoberto em 2006 durante uma prospecção no distrito de Chengjian, em Yunnan, e poderia ser o membro mais evoluído dos lobopodios ou mesmo o primeiro artrópodo, que atualmente represente mais de 80% dos espécies vivas.
A doutora Liu acaba de publicar na revista "Nature" a tese na qual ela e sua equipe estiveram trabalhando. O artigo trata da habilidade que Diania tinha de se deslocar e saltar com agilidade.
A equipe acredita que alguns dos apêndices da Diania evoluíram até se transformar em articulações que deram mais capacidade de sobrevivência aos artrópodos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/881094-chineses-descobrem-criatura-que-pode-ter-precedido-aranhas.shtml

Cientistas usam fungos para combater malária

Ideia dos pesquisadores é matar as larvas dos mosquitos



Um estudo que será publicado na revista científica Parasites and Vectors indica um método que usa fungos patogênicos como alternativa para prevenir a proliferação da malária. A proposta é usar esporos flutuantes para matar as larvas dos mosquitos antes que eles possam transmitir a doença.

A malária é transmitida por mosquitos que procriam em corpos d’água e passam boa parte de seu estágio larval se alimentando de fungos e de outros microrganismos presentes na superfície da água. Há mais de 200 milhões de casos de malária a cada ano, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), e a doença foi responsável por cerca de 780 mil mortes em todo o mundo em 2009. No Brasil, são cerca de 500 mil casos por ano. As informações são da Agência Fapesp.
O plasmódio, parasita que causa a malária, é transmitido para os humanos junto com a saliva do mosquito (geralmente do gênero Anopheles) durante a picada. No corpo humano, o parasita invade o fígado e atinge as hemácias.
Uma vez infectado, é difícil para o hospedeiro humano se recuperar porque algumas espécies de plasmódio são capazes de permanecer dormentes e evitar as drogas contra a malária. Esses parasitas também estão se tornando resistentes às drogas tomadas para evitar infecções.
De acordo com Tullu Bukhari e colegas do Laboratório de Entomologia da Universiidade Wageningen, na Holanda, um modo alternativo para reduzir o risco de infecção por malária é matar os mosquitos. Fungos, como as espécies M. anisopliae e B. bassiana, causam uma doença conhecida como muscardina nas larvas dos mosquitos, levando à morte dos insetos antes que eles se desenvolvam até o estágio adulto.
Os cientistas empregaram um óleo sintético como base para dispersar esporos fúngicos na superfície da água. Segundo eles, o óleo melhora a dispersão de esporos e o preparo aumenta tanto a persistência como a eficácia dos esporos. Nos testes feitos pelo grupo, no Quênia, houve morte de 50% mais larvas do que com esporos sem óleo e uma redução de 20% nos estágios de desenvolvimento dos mosquitos.
Esses fungos oferecem um modo eficaz para controlar os mosquitos que transmitem a malária. E tanto os esporos como o óleo oferecem riscos mínimos para os peixes e demais organismos aquáticos e se mostraram ambientalmente seguros.


Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/cientistas-usam-fungos-para-combater-malaria-20110222.html

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Netinho de Paula usa empresas fantasmas para justificar gastos

Por DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Vereador do PC do B paulista usou firmas com endereços fictícios em prestações de contas de despesas na Câmara

Em um dos endereços citados, funciona uma creche onde deveria haver uma empresa de material elétrico
O vereador Netinho de Paula (PC do B-SP) usou notas fiscais de empresas com endereços fantasmas para justificar os gastos de seu gabinete na Câmara Municipal.
Em uma das empresas citadas em sua prestação de contas, a "Paulo Sérgio Rodrigues de Souza EPP", a Folha encontrou uma creche.
Além dessa empresa, outras quatro listadas pelo parlamentar estão sob a mira do Ministério Público, que investiga o caso.
Segundo a investigação, essas cinco empresas contratadas pelo gabinete de Netinho entre 2009 e 2010 não existem nos endereços declarados à Junta Comercial.
Procurado, Netinho não deu explicações. Disse apenas que é contra o uso indevido da verba pública (leia texto abaixo).
Em dezembro de 2009, por exemplo, o vereador apresentou nota à Casa no valor de R$ 5,9 mil, referente a serviços prestados pela empresa "Paulo Sérgio Rodrigues".
No registro da Secretaria da Fazenda, trata-se de "comércio varejista de materiais elétricos" com sede na rua Antonio Florêncio dos Santos (zona leste). A reportagem esteve no local.
"A escola está há oito anos aqui. Sei que, antes disso, era uma residência", diz a dona da creche, Tatiana Mondim.
"Tenho registro na prefeitura, CNPJ, tudo direitinho. Nunca ouvi falar nessa empresa que está registrada no meu endereço. Nem carta chega aqui nesse nome."
Ainda segundo o registro da Junta Comercial, a empresa está inativa desde 2008. A nota apresentada pelo vereador é de dezembro de 2009.
Outro pagamento sob suspeita é para a PRS Informática. Só em dezembro de 2009, a empresa recebeu R$ 5,5 mil.
O endereço do estabelecimento na Junta Comercial -rua São Francisco do Mogiano, 14B- não existe.
A outra empresa é a Nilton de Souza Brandão Informática. Em 2010, Netinho apresentou nota de R$ 6,5 mil de gastos com a "criação de programa de informática".
No inquérito, o endereço na Junta Comercial é o de uma banca do Shopping Multibox -e o dono diz desconhecer a empresa citada.

GASTOS
Um vereador paulistano pode gastar até R$ 184.725 anuais em despesas do mandato. Ele paga as contas, e é reembolsado pelo Legislativo mediante nota fiscal.
Na última sexta-feira, a Folha revelou que os gastos diretos dos vereadores de SP são maiores do que os dos deputados federais.
No ano passado, Netinho -que, após concorrer ao Senado pela chapa do PT, tem planos de disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012 -utilizou R$ 147.009.
Os maiores gastos são com contratação de advogados (R$ 55.300).
A Promotoria já convocou representantes de outros dois estabelecimentos que originaram a investigação, em abril de 2010: a Mineral Comunicação e Imagem e a VSN Informática.
O promotor Marcelo Daneluzzi diz que a Mineral prestará esclarecimentos nesta semana. A empresa recebeu pelo menos R$ 12,5 mil do gabinete do vereador. Existe uma residência no endereço registrado na Junta.
A Promotoria também já acionou um representante da VSN Informática, que recebeu entre abril de 2009 e fevereiro de 2010 R$ 45 mil do gabinete do vereador.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1502201101.htm

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Envolvido em violação de sigilo vira assessor de Dilma

BERNARDO MELLO FRANCO

DE SÃO PAULO

O Planalto nomeou Jeter Ribeiro de Souza, envolvido na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, para assessorar a presidente Dilma Rousseff.
Ex-gerente da Caixa Econômica Federal, ele acessou e imprimiu uma cópia do extrato do caseiro a pedido do então presidente do banco, Jorge Mattoso, que responde a ação penal pelo caso.
O escândalo derrubou o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em março de 2006. O petista foi reabilitado por Dilma e hoje é chefe da Casa Civil da Presidência.
Souza foi convocado a depor na Polícia Federal, mas não chegou a ser indiciado na investigação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele afirmou à Folha que Palocci não teve influência em sua indicação e disse ter vivido situação "desagradável" pelo envolvimento no caso.

CONFIANÇA
A nomeação de Souza saiu no último dia 2 no "Diário Oficial da União" e foi divulgada pela revista "Istoé". O ato foi assinado pelo secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, substituto imediato de Palocci.
O ex-gerente da Caixa recebeu função de confiança: assessor do gabinete-adjunto de Informações em Apoio à Decisão da Presidente.
Ele ganhou cargo comissionado DAS 3, de "direção e assessoramento superior". A remuneração é de R$ 4.042,06, segundo a última tabela disponível no site do Ministério do Planejamento.
Como é servidor de carreira do banco, ele pode, em tese, acumular o salário do órgão de origem. Neste caso, tem direito a receber 60% do cargo em comissão --um adicional de R$ 2.425.
Antes de ser indicado para o cargo no Planalto, Souza ocupava outra função de confiança em órgão ligado à Presidência da República.
Era coordenador-geral do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. O órgão é vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Ele foi exonerado do conselho "a pedido" no último dia 7, pouco depois de assumir a nova função.
Souza afirmou à reportagem que atua em "atividades diversas de assessoria" ao gabinete de Dilma. Como exemplo, disse redigir relatórios sobre o desempenho de programas do governo federal, como o ProUni.
As análises são encaminhadas à presidente Dilma como subsídio para que ela decida sobre reivindicações de ministros, pedidos de liberação de verbas etc.

FRANCENILDO
O sigilo de Francenildo foi quebrado depois de o caseiro afirmar, em entrevista, que Palocci frequentava uma casa em Brasília onde haveria, segundo ele, festas e distribuição de propinas.
O extrato bancário foi vazado para a revista "Época", que publicou reportagem mostrando que o caseiro havia recebido transferências de R$ 25 mil no período em que denunciou o ministro.
Depois que o caso veio à tona, Francenildo disse que o dinheiro foi doado por seu pai, que confirmou a versão.
Em 2009, o STF inocentou Palocci por falta de provas, por cinco votos a quatro. A corte aceitou a denúncia contra Mattoso, que agora responde a ação na primeira instância da Justiça Federal.

OUTRO LADO
Souza disse que só cumpriu ordem do então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.
Ele afirmou ter seguido determinação repassada pela então superintendente de recursos humanos do banco, Sueli Mascarenhas.
"Foi uma solicitação do presidente. Eu não podia me negar a cumprir a ordem para retirar o extrato."
Souza classificou o ato como "corriqueiro" e disse não ter praticado quebra de sigilo, pois manteve no banco as informações que obteve.
Afirmou ainda que não sabia o que seria feito com o extrato. "Não fazia ideia. Me pediram um documento e eu emiti. Infelizmente, o documento o documento virou este problema todo."
O assessor disse não ter relações com Antonio Palocci, derrubado da Fazenda por causa do escândalo. "Na época, só tinha visto o Jorge Mattoso duas vezes."
Ele afirmou que o ministro não influiu em sua nomeação "de maneira alguma" e que se submeteu a entrevista para obter o novo cargo.
Souza disse que depôs à Polícia Federal como testemunha do inquérito que apurou a quebra do sigilo do caseiro. Ele foi inocentado numa sindicância da Caixa que terminou sem apontar nenhum culpado pela violação.
O ex-gerente afirmou que a vinculação com o episódio é "desagradável" para ele. "Foi uma coisa péssima. É um ônus que você carrega para toda a vida. Tudo o que você faz fica sob suspeição."
Acrescentou ter perdido o interesse pelo caso. "Não acompanhei mais o que aconteceu", disse.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/875682-envolvido-em-violacao-de-sigilo-vira-assessor-de-dilma.shtml

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Osso do pé revela que ancestral Lucy andava ereto

Um osso fossilizado do arco do pé, encontrado na Etiópia, revela que os ancestrais humanos andavam eretos 3,2 milhões de anos atrás e não eram mais escaladores de árvores, segundo estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista Science.

O osso pertence a um conjunto do famoso hominídeo Lucy, cuja espécie, o Australopithecus afarensis, vagou pelo leste da África, e seria a primeira evidência de como eles costumavam se deslocar por lá.
"Este quarto metatarso é o único conhecido do A. afarensis e é uma peça chave da evolução remota da forma única com que os humanos caminham", disse William Kimbel, coautor do estudo na Universidade do Estado do Arizona.

O arco do pé serviria como alavanca para sair do chão no início de uma caminhada e para absorver o impacto quando o pé volta a pisar, sugerindo que o pé de Lucy era parecido ao nosso.
Os símios têm pés mais planos, flexíveis e dedos grandes que lhes permitem se agarrar às árvores, atributos que não estão presentes no A. afarensis.
"Compreender que os arcos dos pés apareceram muito cedo na nossa evolução mostra que a estrutura única dos nossos pés é fundamental para a locomoção humana", disse a coautora do estudo, Carol Ward, da Universidade do Missouri.
Uma espécie mais velha, o Ardipithecus ramidus, da Etiópia, é o tipo mais remoto de homem moderno do qual os paleontólogos descobriram vestígios significativos de esqueleto. Ele viveu 4,4 milhões de anos atrás, mas seus pés, mais semelhantes aos de um símio, indicam que caminhava ereto apenas parte do tempo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma só vacina para todos os tipos de gripe

Nova vacina identifica e mata as células infectadas por qualquer variação do vírus da gripe
Cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, desenvolveram uma vacina que se mostrou eficaz contra todas as variações do vírus da gripe, o que traz esperança de maior prevenção contra novos surtos da doença.
A nova vacina mira as proteínas de dentro do vírus, ao contrário das vacinas já existentes, que atuam sobre o revestimento externo do agente infeccioso.

Controle do H1N1?
As proteínas de dentro do vírus são semelhantes em todas as variações e menos propensas a sofrer mutações. A nova vacina identifica e mata as células infectadas por qualquer variação do vírus da gripe, enquanto as vacinas tradicionais estimulam o corpo a produzir anticorpos para um tipo específico da doença.
A vacina já foi testada com sucesso em humanos, e no futuro pode evitar surtos como a recente pandemia da gripe A (H1N1).

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/uma-so-vacina-para-todos-os-tipos-de-gripe/?optin

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A degradação ambiental ameaça o futuro de Ruanda

A degradação ambiental ameaça o futuro de Ruanda


Por Laurence Caramel
Lago na cratera do vulcão Bisoke, no parque de Virunga, entre a fronteira de Ruanda e do Congo (ex-Zaire), que está no livro "África", de Sebastião Salgado
Em Ruanda, as paisagens verdejantes do País das Mil Colinas oferecem uma vitrine enganosa. Uma falsa imagem de abundância e de diversidade. Na quarta-feira (2), em Nova York, na ocasião do lançamento do Ano Internacional da Floresta pelas Nações Unidas, o ministro ruandês da Terra e do Meio Ambiente, Stanislas Kamanzi, anunciou uma “iniciativa global de restauração das paisagens florestais”.
Não se trata de um gesto circunstancial destinado a satisfazer as organizações de conservação da natureza, que lutam localmente para salvar os gorilas das montanhas nas florestas ruandesas, um dos seus últimos refúgios.
“Sem um meio ambiente sustentável, não podemos nos desenvolver, é uma realidade”, declarou Kamanzi. Essa realidade já atingiu Ruanda a ponto de obrigar esse pequeno país – 26 mil quilômetros quadrados – encravado no coração da África dos Grandes Lagos a estabelecer como prioridade nacional o fim da degradação dos solos, o salvamento dos cursos de água e das formações florestais até 2035. É uma questão de sobrevivência para uma população de 10 milhões de habitantes que deverá dobrar no decorrer dos próximos trinta anos.
“É a primeira vez que um país em desenvolvimento assume um compromisso como esse em escala nacional”, observa Hassan Partow, responsável pela avaliação ambiental de Ruanda no Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). “Mas a situação é urgente. Ruanda não poderá fazer a pobreza recuar se não restabelecer seu meio ambiente”, acrescenta.
Deslizamentos de terra, inundações, sedimentação de cursos de água, queda dos rendimentos agrícolas – sendo que quase nove em cada dez ruandeses tiram sua renda da agricultura - , o rápido desmatamento do país e a superexploração dos solos têm consequências preocupantes. A erosão das encostas provoca, a cada ano, uma “evaporação” dos solos estimada em 1,4 milhão de toneladas. Aquilo que os especialistas da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) traduzem por “uma perda de capacidade de alimentar 40 mil pessoas”.
Há apenas alguns meses, Ruanda publicou, com o apoio do Pnuma, seu primeiro relatório sobre “o estado do meio ambiente”. Ele servirá de referência para as futuras ações de recuperação. O diagnóstico que ele estabelece permite apreender a dimensão da tarefa: 64% da floresta desapareceu desde 1960, cobrindo hoje somente 240 mil hectares, sendo que somente um terço é de floresta natural; 30% dos pântanos foram drenados para serem transformados em terras agrícolas, desequilibrando o funcionamento dos cursos de água. E mesmo na foz - a produção de eletricidade, como foi o caso em 2004, em Kigali, onde a central hidrelétrica que abastece a capital se encontrou desprovida das preciosas águas de seu lago-reservatório.
Essa corrida por terras no país mais densamente povoado da África foi iniciada há muito tempo, mas em 1994, após o genocídio sofrido pelos Tutsi, a volta de quase 1 milhão de refugiados marcou uma nova etapa. Para realojá-los, o governo destombou grande parte das áreas protegidas. O imenso parque nacional de Akagera, na fronteira tanzaniana, viu sua superfície diminuir pela metade. Do parque nacional de Gishwati, que originalmente cobria 28 mil hectares de florestas úmidas, não restam mais do que 700 hectares... O número de espécies selvagens que povoavam esses refúgios despencou.
Como reverter a situação? “Nós iremos definir ações e zonas prioritárias”, explica Stanislas Kamanzi, destacando alguns projetos já iniciados que o governo pretende ampliar. Sendo assim, a transferência das populações que vivem nos espaços mais frágeis de Gishwati já foi iniciada. Árvores começaram a ser replantadas. Para combater a ocupação esparsa que é a regra no campo ruandês, vilarejos estão sendo construídos dentro de um programa chamado “Imidugudu”, financiado em parte pela ONU. Foram feitos esforços para intensificar a agricultura.
Ao longo dos alertas que se multiplicaram ao longo dos últimos anos, o país foi aos poucos se conscientizando de que, se não fizer nada, se encaminhará direto para uma catástrofe. “Agora se deve passar para uma outra escala. Não basta plantar árvores”, afirma Stewart Maginnis, da União Mundial para a Conservação da Natureza (UICN), cuja rede de cientistas será mobilizada para ajudar o governo a elaborar sua estratégia. A restauração é de fato uma ciência delicada e relativamente nova, que um país como Ruanda não domina. “Nós precisamos de uma expertise estrangeira”, admite Stanislas Kamanzi, ao mesmo tempo em que também reconhece que essa vasta obra não poderá ser concluída sem convencer a população de sua necessidade.

Tradução: Lana Lim

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Após promessa, filho de Lula não devolve passaporte

Por MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA

Marcos Cláudio Lula da Silva, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não devolveu o passaporte diplomático que ganhou do Itamaraty no dia 29 de dezembro do ano passado, a dois dias do fim do mandato de seu pai
Marcos Cláudio prometeu há um mês, por meio do Twitter, devolver o superpassaporte. Procurado pela Folha, o Itamaraty afirmou ontem que nenhum documento concedido a familiares do ex-presidente foi devolvido.
No dia 6 de janeiro, a Folha revelou que Marcos, 39, e seu irmão Luís Cláudio Lula da Silva, 25, receberam o superpassaporte em caráter excepcional. O pedido foi feito pelo então presidente Lula, com a justificativa de ser "interesse do país".
Outros três filhos e três netos de Lula também receberam o benefício.
Procurados ontem por telefone e e-mail, Marcos Cláudio e Luís Cláudio não responderam à reportagem. Em Dacar, Lula se recusou a comentar o caso.
O decreto 5.978/2006, que regulamenta a emissão de passaportes diplomáticos, prevê a concessão do documento a presidentes, vices, ministros, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros de tribunais superiores e ex-presidentes.
A norma também cita os dependentes de autoridades, mas os filhos do ex-presidente Lula não se enquadravam nesta categoria por serem maiores de 24 anos.
Após a revelação do caso, o Itamaraty resolveu alterar as regras da entrega desses documentos: só poderá ser feita agora por meio de uma "solicitação formal fundamentada" e com a divulgação da concessão no "Diário Oficial da União".


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/872150-apos-promessa-filho-de-lula-nao-devolve-passaporte.shtml

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estudo aponta que vírus H1N1 começa a sofrer mutação

Na Austrália, na Nova Zelândia e em Cingapura, já há a predominância de uma linhagem ligeiramente nova
Pesquisadores da Universidade Melbourne, na Austrália, afirmaram nesta quinta-feira, 22, que há possibilidade de o vírus H1N1, causador da gripe A, estar começando a sofrer mutação. Na Austrália, na Nova Zelândia e em Cingapura, já há a predominância de uma linhagem ligeiramente nova.
Ainda serão necessários novos estudos para saber se a nova cepa é mais mortal que a primeira – que já causou epidemia de gripe suína no mundo. Mesmo assim, os especialistas afirmaram a possibilidade de a linhagem ser mais mortal. Além disso, será investigado se a vacina vigente continua a garantir total proteção contra a doença.
“No entanto, isso pode representar o início da mais dramática deriva antigênica da pandemia de gripe A, o que pode exigir uma atualização da vacina antes do esperado”, afirmaram os especialistas do Centro de Colaboração de Pesquisa e Referência sobre Influenza (ligado à Organização Mundial da Saúde) na publicação online Eurosurveillance.
Os vírus da gripe sofrem mutação constantemente. Desde que eclodiu, em março de 2009, e foi difundido globalmente, o H1N1 tem se mantido estável, com quase nenhuma alteração significativa, afirmaram os especialistas.

Fonte:  http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/estudo-aponta-que-virus-h1n1-comeca-a-sofrer-mutacao/?leiamais